Audiência Pública reafirma que CAIXA mais forte e a serviço do Brasil depende da contratação de mais empregados

O Brasil precisa de uma Caixa Econômica Federal forte e isso só é possível com a contratação de mais empregados. Esse foi o principal recado da audiência pública realizada nesta terça-feira, 29 de setembro, na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados, em Brasília. A reunião, solicitada pelos representantes da Frente Parlamentar em Defesa da CAIXA, Erika Kokay (PT-DF) e Daniel Almeida (PCdoB-BA), contou com a presença de representantes dos trabalhadores, dos aprovados no concurso público realizado no ano passado, do banco e do Ministério do Planejamento.

O presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira, fez um comparativo em que destacou que o número de empregados cresceu nos últimos anos, mas sem acompanhar o ritmo de abertura de agências e o avanço de clientes e de operações. “De 2003 a julho de 2015, o quadro de trabalhadores foi reforçado em 70%. Já o total de agências dobrou e a base de clientes aumentou em quase 300%. Isso, sem contar o pagamento de benefícios sociais, trabalhistas e previdenciários. A realidade hoje nas unidades é de sobrecarga e adoecimento”, disse.

Já Fabiana Matheus, coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), informou que a CAIXA tem hoje o mesmo quantitativo de trabalhadores que em 2003, quando havia 56 mil empregados e quase 51 mil terceirizados e que, somente após os Termos de Ajustamento de Conduta (TACs) assinados em 2004 e 2008 com o Ministério Público, o banco reduziu essas contratações fraudulentas.

André Martins Silva, que preside a comissão dos aprovados no concurso público de 2014, lembrou que este foi o maior certame já realizado no país, com mais de 1,1 milhão de inscritos. Ressaltou ainda que, desse total, apenas 33 mil foram aprovados, dos quais somente 9,6% foram convocados e 7,54% foram efetivamente contratados.

Almir Márcio Gabriel, gerente nacional de Informações Corporativas da CAIXA, e Noel Dorival Giacomitti, diretor substituto do Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Dest), se limitaram a oferecer informações sobre o crescimento do quadro funcional das estatais.

O empregado da CAIXA e diretor do Sindicato Umberto Gil, presente na audiência pública, ressaltou que, durante a reunião, foi cobrado da CAIXA que ela cumpra a legislação que exige o mínimo de 5% de empregados portadores de deficiência e sugerido que a Comissão de Trabalho realize audiência com a presidenta do banco e com o Ministro do Planejamento. “A falta de empregados é uma realidade nas unidades da CAIXA, sendo que hoje temos muitos empregados sobrecarregados e doentes. Não podemos aceitar a proposta apresentada pela presidenta do banco, Miriam Belchior, que disse que o remanejamento interno seria a solução para a falta de trabalhadores nas unidades. Exigimos mais empregados para CAIXA. Contratação já”, cobrou.

Fonte: bancariosbh.org.br