Os reajustes nos salários, vales e participação nos lucros ou resultados (PLR) conquistados pelos bancários na Campanha Nacional 2015, após 21 dias de greve, vão injetar cerca de R$ 11 bilhões na economia, segundo levantamento do Dieese.
O diretor técnico do instituto, Clemente Ganz Lúcio, em entrevista à Rádio Brasil Atual, afirmou que essas conquistas contribuem para a dinamização da economia interna do país, pelo aumento do consumo das famílias, decorrente do crescimento de poder de compra dos salários, estimulando outros setores a produzir. «É um resultado importante, que revela a relevância que o movimento sindical tem para a sociedade, para a economia e para o bem-estar de toda a coletividade», afirmou Clemente.
Nos últimos 12 anos, a categoria bancária já acumula 20,84% de ganho real nos salários, 42,3% nos pisos e 26,30% nos vales. O reajuste conquistado em 2015, de 10% nos salários, 14% nos vales refeição e alimentação e os valores da PLR significam incremento anual de cerca de R$ 11,2 bilhões na economia, de acordo com projeção feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Desse montante, R$ 6,04 bilhões são referentes ao pagamento da PLR, sendo que R$ 2,4 bilhões já devem ser distribuídos na antecipação, em até 10 dias depois da assinatura da Convenção Coletiva de Trabalho. As diferenças salariais anuais dos bancários devem injetar R$ 4,24 bilhões na economia brasileira, sem contar os reflexos em FGTS e aposentadorias. As diferenças nos auxílios refeição e alimentação devem ter um impacto anual de R$ 894 milhões na economia.
Segundo Clemente, os sindicatos cumprem papel fundamental na condução da disputa distributiva, procurando transferir para os trabalhadores parte dos resultados econômicos auferidos pelas empresas.
Os bancários são uma das poucas categorias no país que possui Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) com validade nacional. Os direitos conquistados têm legitimidade em todo o país.
Fonte: bancariosbh.org.br