Atendendo à reivindicação dos representantes dos funcionários, diretores do HBSC e do Bradesco estiveram na sede da Contraf-CUT na manhã desta sexta-feira, 18, em São Paulo, para tratar da venda do banco inglês. Os representantes dos bancos voltaram a afirmar que não haverá demissão em massa e se comprometeram a manter transparência e diálogo com os funcionários sobre o processo de fusão.
O presidente da Contraf-CUT, Roberto von der Osten, abriu a reunião destacando que a defesa do emprego é prioridade nesta negociação e também em toda a Campanha Nacional dos Bancários deste ano. “Queremos acompanhar todo o processo de integração entre os bancos, saber o desenho organizacional que HSBC e Bradesco apresentam para os funcionários para garantir o emprego e os direitos dos trabalhadores dos dois bancos”, reforçou.
A compra da operação brasileira do HSBC pelo Bradesco por cerca de R$ 17,6 bilhões, em agosto deste ano, ainda aguarda aval de órgãos reguladores, como o Banco Central, explicou o diretor executivo do banco, André Cano. Ele também destacou que o banco não trabalha com a possiblidade de liquidar as operações do HSBC e que irão valorizar o nível profissional dos funcionários.
“Não temos intenção de fechar qualquer agência do HSBC. É a maior aquisição que o banco já fez. O HSBC é forte em alta renda, onde o Bradesco precisa ganhar mais força. Estamos comprando a carteira de clientes e capital humano, que será integrado ao Bradesco com transparência”, afirmou.
Após questionado sobre a situação dos Cristiane Zacarias centros administrativos, concentrados do HSBC, principalmente em Curitiba, o Bradesco afirmou que não há nenhuma deliberação em acabar com a estrutura. “As mudanças e fusões administrativas serão feitas sem traumas”, afirmou André Cano.
Os trabalhadores também denunciaram que alguns gestores do HSBC têm se utilizado do processo de fusão para pressionar e ameaçar funcionários, alegando que apenas os melhores seriam contratados pelo Bradesco. O diretor do HSBC não negou as denúncias, mas afirmou que alguns gestores fogem da filosofia da instituição e que os casos serão apurados.
PLR HSBC
Os representantes dos bancários solicitaram ao HSBC uma mesa específica para tratar da Participação nos Lucros e Resultados (PLR). O banco teve lucro de R$ 31,9 milhões primeiro semestre deste ano.
O banco concordou em discutir o tema. “O HSBC teve bom resultado no último balanço. É um ano econômico complexo, mesmo tirando a questão da fusão, mas não temos interesse em prejuízos. Precisamos entregar um banco com clientes e uma equipe satisfeita, que tem seu valor”, afirmou o diretor do HSBC.
Fonte: bancariosbh.org.br