Força da greve arranca nova negociação com a Fenaban

A Fenaban entrou em contato com a Contraf-CUT no começo da noite desta segunda-feira, 19, para chamar o Comando Nacional dos Bancários para uma nova rodada de negociação da Campanha 2015. A mesa será realizada nesta terça-feira, 20, às 16h, em São Paulo, no Hotel Maksoud Plaza.

A reabertura do processo de negociação ocorreu no 14º dia da greve nacional da categoria, que vem crescendo a cada dia. Nesta segunda, 12.496 agências e 40 centros administrativos paralisaram suas atividades nos 26 estados e no Distrito Federal.

Foi a força da greve que arrancou a nova negociação. A categoria vem mostrando unidade e determinação na luta contra a exploração. Os bancários seguem mobilizados e cobram, além da reposição da inflação e do ganho real, o fim das demissões, reposição de empregos, segurança nos locais de trabalho, saúde e igualdade de oportunidades.

Confira as reivindicações dos bancários

  • Reajuste salarial de 16%. (incluindo reposição da inflação mais 5,7% de aumento real);
  • PLR: 3 salários mais R$7.246,82;
  • Piso: R$3.299,66 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último);
  • Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$788,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional);
  • Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários;
  • Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas;
  • Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários;
  • Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós;
  • Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários;
  • Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs).

Fonte: bancariosbh.org.br