Presente de Natal só pode ser comprado em sites que garantam entrega em até 4 dias úteis
Com raras exceções, não dá mais tempo de comprar pela internet e receber até o Natal. Neste ano, os principais sites de comércio eletrônico não lançaram campanhas no estilo “entrega garantida”, espécie de força-tarefa para que o consumidor receba o produto até a data da festa. Os compradores terão que obedecer ao prazo normal, que é, em média, de cinco dias úteis para Belo Horizonte.
Para não passar pelo constrangimento de não ter o presente para entregar no Natal, o presidente da comissão de direito eletrônico da Ordem dos Advogados do Brasil em Minas Gerais (OAB-MG), Luís Felipe Silva Freire, recomenda ainda que o comprador conte com três dias a mais, para se precaver de possíveis atrasos.
Ele explica que a loja é livre para estipular o prazo mas que é obrigada a cumpri-lo. Portanto, em caso de atraso, o consumidor pode recorrer ao Procon ou ao Juizado Especial. A precaução de calcular um prazo extra é apenas para evitar a decepção no dia da comemoração natalina.
“O prazo tem que ser cumprido independentemente de ser alta temporada”, reforça. Ele explica que o prazo começa a ser contado no primeiro dia útil após a confirmação do pagamento. Sábados, domingos e feriados só entram na conta se o prazo for estipulado em dias corridos. Por isso, quem comprar hoje e tiver o pagamento confirmado hoje, receberá até o dia 24 se o prazo for de quatro dias úteis ou seis dias corridos, isso sem contar o acréscimo por precaução.
O especialista recomenda que o consumidor guarde os comprovantes da transação e procure lojas conhecidas e que tenham informações como CNPJ e endereço físico no site. Esse é o procedimento da secretária-executiva Beatriz Garcia. Compradora habitual do varejo online, ela diz que prefere os grandes sites ou aqueles recomendados por parentes e amigos. “Nunca tive problemas nem com entregas, nem com os produtos”, elogia ela, que já comprou de joias a eletrodomésticos.
Beatriz fez as encomendas de Natal no fim de setembro e recebeu todas as compras em uma semana. Na última sexta-feira ela comprou o próprio presente, que tem prazo de entrega de seis dias úteis, portanto, na próxima segunda-feira. “Estou confiante de que vai chegar. Se não chegar no dia, o porteiro do prédio é quem vai receber, porque eu vou viajar”, diz. Ela aponta a facilidade em comparar preços e parcelar compras como vantagens do comércio online.
Ceia cara
Procon. Antes comprar os produtos da ceia natalina, o consumidor deve pesquisar para evitar pagar por um produto até 183% a mais num local do que em outro, como mostra pesquisa do Procon-SP.
Preço médio de compras vai ser metade do valor em 2012
A maioria das compras online no Natal deve custar entre R$ 101 a R$ 150, segundo pesquisa da e-CRM123. No ano passado, o valor médio foi de R$ 250. A queda, segundo o presidente da e-CRM123, José Jarbas, se deve ao momento econômico. “As pessoas estão comprando mais coisas menores, como livros e roupas, e menos eletrônicos”, afirma.
A pesquisa mostra que neste ano, 28% dos compradores tiveram problemas com atraso nas entregas. O risco aumenta nesta época.
Apesar da queda no tíquete médio, as vendas online no período do Natal devem crescer 25% em relação à 2012 e chegar a r$ 3,85 bilhões, segundo a E-bit. São contabilizadas as compras entre 15 de novembro e 24 de dezembro, inclusive na Black Friday.
Fonte: O Tempo