No 1º semestre de 2018, Caixa Econômica Federal teve lucro recorde de R$ 6,65 bilhões

A Caixa Econômica Federal obteve Lucro Líquido de R$ 6,65 bilhões no 1º semestre de 2018, crescimento de 63,3% na comparação com o mesmo período de 2017 e de 8,6% em relação ao primeiro trimestre do ano. É o melhor resultado do banco em toda a história.

Dionísio Reis, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, explicou que o banco alterou o método de cobrança dos empregados e estipulou uma meta de R$ 9 bilhões de lucro no ano. “Mesmo desempenhando tarefa extraordinária, o trabalho dos empregados deu resultado, mesmo neste novo método de cobrança”, ressaltou.

Sobrecarga de trabalho

Segundo análise feita pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base no Relatório de Administração da CAIXA, alguns fatores influenciaram diretamente o resultado.

Um foi a redução das despesas administrativas, em especial as despesas com pessoal, com redução de 7,5%. Em 12 meses, a Caixa fechou 3.777 postos de trabalho através de Plano de Apoio à Aposentadoria (PAA) e do Programa de Desligamento Voluntário Extraordinário (PDVE). Com isso, os empregados ficaram ainda mais sobrecarregados.

Houve ainda fechamento de agências e aumento no número de clientes. A consequência é a piora do atendimento à população.

Exploração dos clientes

Mesmo com a redução no número de empregados e postos de atendimento, a arrecadação da Caixa com prestação de serviços e tarifas bancárias aumentou em 6,5% no 1º semestre de 2018, totalizando R$ 13 bilhões.

Segundo a gestão do banco, esse resultado foi influenciado pelas receitas de conta corrente, cartões e administração de fundos de investimento. Assim, o índice de cobertura das despesas de pessoal com a arrecadação secundária de receitas ficou em 119,6%, elevação de 12,6 pontos percentuais 12 meses.

Em sua análise, o Dieese observou que, na prática, trata-se da “busca por uma rentabilidade cada vez maior em detrimento do papel social (do banco) e isso, através do abandono da premissa antes adotada de manter-se como ‘o banco das menores taxas’”.

Fonte: bancariosbh.org.br

Caixa Econômica Federal teve lucro recorde