Lucro do Santander cresce 13,2% em 2015, mas condições de trabalho não melhoram

O Santander obteve, em 2015, lucro líquido gerencial de R$ 6,6 bilhões, com crescimento de 13,2% em relação à 2014. O retorno sobre o Patrimônio Líquido Médio Anualizado (ROE) ficou em 12,8%, com crescimento de 1,3 ponto percentual em doze meses. O lucro obtido no Brasil representou 19% do lucro global, que foi de 6,566 bilhões de euros (alta de 12,9% em relação a 2014). Os bons resultados, entretanto, não se refletiram nas remunerações, em contratações suficientes e na melhoria das condições de trabalho no banco.

Segundo a análise feita pelo Dieese, a holding encerrou o ano de 2015 com 50.024 empregados, com aumento de 715 postos de trabalho em relação a 2014. Foram abertas 10 agências nesse período e o número de clientes cresceu em 1,3 milhão.

O Santander foi o primeiro dos grandes bancos a publicar o balanço de 2015. Uma vez que os resultados já foram apresentados, a Contraf-CUT está entrando em contato para que seja feito o adiantamento do pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Além da PLR, os funcionários do Santander também devem receber valores referentes ao Programa de Participação nos Resultados Santander (PPRS).

Banco foi favorecido com aumento da taxa de juros

O Santander se favoreceu com o aumento do aumento das taxas de juros. O crescimento das receitas com Títulos e Valores Mobiliários (TVM) foi diretamente influenciado pelos sucessivos aumentos na taxa Selic e a elevação nos índices de preços. No Santander, essas receitas apresentaram crescimento de 68,1%, totalizando R$ 29,5 bilhões.

Tarifas pagam despesas com sobra

A receita com prestação de serviços mais a renda das tarifas bancárias cresceu 7,3% no período, totalizando R$ 11,9 bilhões. As despesas de pessoal subiram 9,4%, atingindo R$ 8,1 bilhões. Assim, em 2015, a cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias do banco foi de 146,9%.

Fonte: bancariosbh.org.br