Bancários do BB cobram avanços em segurança, igualdade e isonomia

A Comissão de Empresa dos Funcionários do BB e o Banco do Brasil realizaram, nesta segunda-feira, 31 de agosto, em Brasília, a terceira rodada da negociação específica. Na mesa, foram debatidas as cláusulas da pauta dos funcionários que dizem respeito a segurança, igualdade de oportunidades e isonomia.

Dentro do tema segurança bancária, foram tratadas questões como adicionais de periculosidade e insalubridade e a proibição de obras durante o horário de trabalho. O banco informou que está ampliando o número de agências com abertura remota do cofre e também está estudando um compromisso quanto à instalação de portas de segurança nas novas agências.

Os representantes dos funcionários relataram a preocupação com os trabalhadores lotados em locais considerados insalubres ou perigosos. Foi cobrada novamente do BB a volta dos vigilantes aos prédios, como forma de dar mais segurança aos trabalhadores destes locais. O banco aceitou discutir melhor o tema e os trabalhadores apresentarão um relatório com a designação de locais para que seja feita uma análise mais aprofundada.

Os bancários também cobraram melhorias no programa que visa auxiliar vítimas de assaltos e sequestros.

Já no tema igualdade de oportunidades, os representantes dos funcionários cobraram do banco o fim da discriminação de representantes da Cipa, delegados e dirigentes sindicais.

Em relação à isonomia, foram amplamente debatidas questões a diferença de direitos e tratamento entre os funcionários pré e pós-1998, bem como em relação aos funcionários oriundos de bancos incorporados. Os representantes dos funcionários cobraram o direito à licença-prêmio, anuênio e férias de 35 dias a todos os funcionários.

O banco alegou que está proibido de avançar nesses temas pela Resolução nº 9 do DEST -Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (DEST). Os representantes dos funcionários destacaram que este é um tema de grande importância na pauta específica e que os bancários cobram o fim do tratamento diferenciado que existe hoje.

Também foi cobrada do BB a melhoria de tratamento aos funcionários com deficiência, desde a nomenclatura, seguindo a convenção da ONU, até a ampliação das ausências para tratamento de filhos com deficiência e horas de abono para reparo ou aquisição de prótese e cadeira de rodas. Também foi cobrada uma orientação para que os locais de trabalho destinem vagas de estacionamento aos deficientes com carro adaptado ou que usem motorista.

O Banco do Brasil afirmou que avalia fazer estudos aprofundados sobre a questão com envolvimento de mais diretorias, devido à complexidade do assunto.

Na mesa de negociação, os representantes dos trabalhadores cobraram ainda melhores taxas de juros para empréstimos, a isenção de tarifas e da anuidade de cartões para funcionários do BB, da ativa e aposentados. Foi cobrada também a revisão da taxa de juros do cheque especial, praticamente dobrada nos últimos dias, sem qualquer comunicado aos funcionários. Os bancários argumentaram que o Banco do Brasil disponibiliza, atualmente, para vários clientes, taxas diferenciadas e mais atrativas que a que oferece aos funcionários.

Para Wagner Nascimento, que é diretor do Sindicato e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, a reunião teve amplo debate, mas sem sinalização de avanços. «O BB se esconde atrás do DEST para negar itens de isonomia mas, quando a solução depende só dele. não quer assumir compromissos. Esperamos que as análises que o banco afirmou estar fazendo sobre os temas tratados resultem em propostas de melhoria aos funcionários ao longo da negociação», destacou.

Fonte: bancariosbh.org.br