Uma ex-funcionária, que é negra, afirmou que a Villa Mix a obrigava a “restringir” a entrada de pessoas negras, pois elas “não se enquadravam no perfil de frequentadores ‘pré-estabelecidos’”.
“Nós recebíamos ordens da diretoria e dos donos em relação a esse perfil que tinha que seguir como pessoas mal vestidas, negras e que aparentavam ter baixo poder aquisitivo”, afirmou a ex-funcionária, que trabalhou durante dois anos como hostess na casa noturna.
A Villa Mix negou as acusações de racismo e completou que a única restrição seria a respeito do vestuário, como uso de bermudas e sandálias.
O juiz Antônio José Fatia, da 21.ª Vara do Trabalho da Capital, comentou que “Suas (Villa Mix) ordens eram para autorizar somente pessoas que se enquadravam no perfil autorizado pela empresa, excluindo os negros. Mesmo quando havia reserva, se a pessoa fosse de raça negra, não era autorizada a entrar, havendo imediata exclusão na lista de reservas. A empresa exercia rígida fiscalização quanto a isso, ressalvadas celebridades”.
A Villa Mix foi condenada a pagar R$ 60 mil de indenização à funcionária.
Fonte: www.jusbrasil.com.br