A CAIXA ultrapassou o Itaú Unibanco e assumiu a segunda colocação no ranking de maiores bancos brasileiros no primeiro trimestre deste ano, de acordo com o critério do Banco Central. O banco público encerrou março com R$ 1,242 trilhão em ativos totais, um aumento de 3% em relação a dezembro. Já o Itaú registrou queda de 6% nos ativos nos três primeiros meses do ano, para R$ 1,205 trilhão.
Com o avanço da CAIXA, as duas primeiras do ranking são instituições controladas pelo governo. O Banco do Brasil manteve a liderança, com R$ 1,443 trilhão em ativos. Com base nos balanços do primeiro trimestre publicados pelos bancos, o Itaú permanece à frente da CAIXA em ativos, com vantagem de R$ 42 bilhões. Essa diferença era de R$ 216 bilhões em março do ano passado. Os dados do BC não consolidam todas as atividades, como seguros, já que ele é responsável por fiscalizar apenas a atividade bancária.
O avanço da CAIXA é resultado da política de concessão de crédito via bancos públicos implementada nos últimos anos do governo Lula e no primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff. A instituição começou a desacelerar o ritmo de concessões de financiamento, mas ainda se mantém em um ritmo mais forte do que os concorrentes privados. A carteira de crédito fechou março em R$ 684 bilhões, alta de 0,7% no trimestre e de 9,2% em 12 meses.
“Mais uma vez, fica claro que a CAIXA é um banco forte e que as acusações que tentam provocar o seu desmonte são infundadas. A defesa deste patrimônio dos brasileiros é pauta prioritária de nossa luta e não aceitamos retrocessos. A CAIXA é um importante instrumento fomentador de políticas públicas e do desenvolvimento do Brasil e, por isso, queremos a sua valorização e sua manutenção como um banco 100% público, a serviço do povo”, destacou a presidenta do Sindicato, Eliana Brasil.
Na última reunião da mesa permanente de negociações com o banco, da qual Eliana Brasil participou, os trabalhadores reforçaram a disposição de luta em defesa da CAIXA. Junto aos demais retrocessos impostos pelo governo interino e Michel Temer, o banco sofre ameaças e há risco de abertura de capital. Por isso, os representantes dos empregados já deixaram claro na mesa que não aceitarão o desmonte da CAIXA e medidas que piorem as condições de trabalho e de atendimento à população.
Fonte: bancariosbh.org.br